sábado, dezembro 09, 2006

Pegada

Partículas mil,
espalhas sem sentido,
empilhadas como quiseram.
De transparência inequívoca, umas.
Baças, outras.
Sem ordem, esmagadas sobre o seu peso.
Resistem.
Quentes à superfície, muito quentes...
No interior conservam a frescura,
que por vezes é encharcada.
Água vem, água vai!
De forma indelével pisada,
vez após vez, aguarda pela pegada.
Pegada pegada, junta...
Amante da outra,
a que falta e não está,
mas que vejo sempre.

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