terça-feira, dezembro 19, 2006

Fechada



Para mim estás fechada,
fechada demais... abre-te eu não quero entrar.
Vil porta que se julga segura, na sua imponência
perante o fraco poder do meu amor!
Não te toco...
passo ao lado, acho-te velha e decrépita
na tua sensação de segurança.
Segura e firme no teu propósito,
não o nego. Absurda e estéril na posição,
sinto-te ao longe, ainda que não te toque.
Isolas-me do teu mundo, não me importo...
Não o quero conhecer, por estranho que pareça
sinto-o como teu para sempre.
Fica aí,
segura.
Fica aí,
indiferente.
Fica aí,
altiva.
Fica aí...
Como queiras... sigo em frente.
Outras portas haverão, mais simples,
mais abertas.
Sinto-o...
Na tua porta passarei sempre,
segura da tua segurança,
serei sempre um fiel visitante da tua porta.
Abre-a.
Verás que ninguém entrará.

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