segunda-feira, janeiro 22, 2007
Dicionário - Admirar
ver -te com espanto;
contemplar -te, apreciar -te;
causar espanto, surpreender, assombrar;
sentir admiração;
ficar surpreendido.
Ainda que não TE veja...
sexta-feira, janeiro 19, 2007
19 de Janeiro - Parabéns Eugénio
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas."
Eugénio de Andrade em Chuva Sobre o Rosto, Edições ASA.
Uma palavra de conforto...
... SOFÁ.
A palavra que nos falta,
juntas-te a mim, sobra espaço.
Palavras que não ouço,
carícias perdidas, calor que não sinto.
Simplesmente juntos,
descansamos dos outros, da vida.
Olhamos e sentimos, um pé,
dois... quatro pés. Cumprimentam-se...
Corpos que se tocam, despojados
de códigos. Deixados ao prazer
da simples companhia, assistem
à lenta passagem do tempo...
Pernas entrelaçadas, meias toscas
e quentes, passamos o frio do Inverno.
Cumplicidades trocadas, entre gestos
e palavras, no conforto do sofá.
terça-feira, janeiro 16, 2007
"Porquê?"
Submeter...
Submetame-nos!!!
E o prazer de as quebrar?
Aliado ao prazer que temos juntos.
Com regras,
Sem regras.
Que regras?
Quais regras?
Apenas as nossas, as outras...
As outras também são nossas,
Para serem possuídas, trucidadas.
Pelo prazer que temos em quebrá-las.
Areia
Podia da areia surgir,
quente e alegre, ainda que inesperado.
Inusitado até!
Sorriso embargado pela emoção,
renascer do nada, para tudo.
Para tudo o que me espera,
para tudo o que hoje não vejo.
Por entre a força opressora,
compressora de milhões de grãos de areia,
sinto-te...
A espera, faz-me sentir impotente.
Na forma e no género...
mas não! Não!
JÁ!
Beijo-te.
domingo, janeiro 14, 2007
Dizes-me...
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Dor
Por amado não ser, por quem mais ama...
Uma lástima!
Quem tudo faz pelo seu amor,
não merece nunca a dor que sente...
Ainda que não possa dela evadir-se,
a prostação não é solução!
Cresce em mim como um tumor.
Quem vê não a sente,
contudo podia em mim imaginar-se,
e sentir que a dor não tem comparação!
Meu corpo fremente de sentir o teu amor,
luta e resiste para não sentir a chama...
... da lágrima!
Dicionário - Abraçar
v. tr.,
cingir-te com os braços;
dar-te abraços;
circundar-te;
cercar-te;
abranger-te;
conter-te;
compreender-te;
aceitar-te;
admitir-te;
adoptar-te;
consagrar-me como TEU!
quinta-feira, janeiro 11, 2007
...
Atrás de um portão outro se abrirá,
sempre pronto para nos deixar passar
para um mundo de novos aromas, cores e sabores.
Vazia é a vida de quem não ama,
por despida de sentimentos estar,
quem ama espera tudo, até a desilusão.
Tudo pode acontecer,
até no amor...
quarta-feira, janeiro 10, 2007
terça-feira, janeiro 09, 2007
Breathless
domingo, janeiro 07, 2007
225 Anos - Café Martinho da Arcada
PARABÉNS!
(Site disponível em breve)
Em 7 de Janeiro de 1782 abria as portas na Praça do Comércio a Casa da Neve, primeira designação do café que ao longo do tempo passou por vários nomes - e cuja história está irremediavelmente ligada ao nome de Fernando Pessoa. Depois da Casa da Neve chamar-se-ia, a partir de 1784, a Casa de Café Italiana. Anos mais tarde, em 1795, passa a Café do Comércio e em 1824 o nome oficial muda para Café da Arcada do Terreiro do Paço e, seis anos mais tarde, passa a chamar-se Café Martinho, designação que mantém até hoje. Martinho era apelido do dono nessa altura, que o quis distinguir (da Arcada) do outro café que abrira com o nome de Café Martinho do Camões.
"Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Estou hoje vencido, como soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer."
Tabacaria, Fernando Pessoa como Álvaro de Campos.
Epitáfio I
... por excesso de velocidade?!
A branco e...
Preto... escrevo. Lês-me,
ainda inteiro. Flutuo pela vida,
sinto tudo e às vezes nada...
A alta velocidade vivo, respiro
de uma só vez, quero tudo!
Não tenho quase nada, não importa.
Tenho-me a mim, inteiro...
Rápido, a alta velocidade...
vivo intensamente, saboreio tudo
a cada momento respiro a vida.
Morrer novo, a alta velocidade?!
Sempre. Inteiro, Vivo, Feliz...
Morrer novo, cadáver belo.
Inverno
anseio pelo teu calor!
Que me aqueça, lentamente...
Derretendo o que em mim congelou.
Na esperança e no calor,
que o teu olhar, o teu toque,
me façam sentir florir, iluminado
pelas cores que o teu amor me dará.
Frio, ainda é o que sinto
sabendo que o calor chegará...
sábado, janeiro 06, 2007
Olhar
Não consigo ver-te!?...
Quando olhamos conseguimos ver o que queremos?
Sim e não.
Não, olho e não te vejo!
Não, olho e vejo-te!
Quero e não olho para o que vejo.
Sim, vejo que não olho. Sim, olho para o que quero ver.
Estás aí?
Eu encontro-te com o olhar.
Olha-me nos olhos! Vês-me?
Eu também te vejo.
Que belos olhos tens! Negros, profundamente negros.
Olho para os teus olhos e não vejo que me vês.
Procuro-te dentro do negro dos teus olhos.
Não!
Agora fiquei aprisionada para sempre nos teus olhos.
Sim...
Não os abras mais...
Ou... as palavras que não ouvi.
sexta-feira, janeiro 05, 2007
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Filho
Escuro,
Escuro de sombras visíveis.
Emoções que transbordam,
Olhos negros que se olham
Imóveis.
Palavras balbuciadas,
Temperamentos que se enfrentam.
Incontinência das acções
Não premeditadas.
NÃO!
Não posso mais,
Vem até mim, toma-me.
Já não existo em mim,
A vida é tua,
Ainda que não o sintas...
Nota: Parabéns meu filho, pelos magníficos 15 anos que me tens proporcionado.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Dia pontuado
Da luz que já via, onde eras a minha Lua,
Exclamação do dia, quase parecias o Sol!
Porque te vejo como o amanhecer?
Quando te sentes como o crepúsculo.
... da vida que é um dia.
terça-feira, janeiro 02, 2007
Dançar
Suave, muito suavemente aproximo-me, quase
que não dás pela minha presença, cheiras-me
lanço-te a mão, hesitas, logo me lanças a tua.
Tocamo-nos...
Sinto-te. Quente e trémula,
tocas-me sem receio.
Os nossos corpos tocam-se levemente...
Encaixamos um no outro,
música não há, para quê? Escrevo,
para que dancemos ao som das nossas palavras...
Aforismos I
Futuro
Podemos não acreditar, mas o futuro está mesmo nas nossas mãos.
Melhor, nas nossas cabeças!
O futuro é mesmo o resultado das nossas acções no presente.
Para quê pensar tanto no passado?
segunda-feira, janeiro 01, 2007
Em arame farpado
Unhas
Unhas para que te quero...
Eu quero!... Reparo nelas.
Lindas... em finos dedos plantadas,
esguios, lânguidos, elegantes... dedos
que me fazem tremer, ao teu toque!
Coloridas de forma ardente,
sanguíneas e provocantes.
Insinuantes da tua delicadeza,
profundas no tom, contraste da vida.
O meu sangue doaria, se o amor
as pintasse... brilhantes,
irradiam a alegria que vai no coração,
de quem as olha. Temente, olho-as
na sua beleza longilínea
agitadas ao vento, como bandeiras...
que mais parecem lenços tingidos,
do sangue que por ti derramo...