terça-feira, dezembro 12, 2006

Folha

Amarrotada no chão...
jaz singela, folha crua
que fria e dura mão
a poderá ter deixado assim, nua?!

Derrota da palavra
que não tive tempo de escrever.
Folha que a caneta lavra,
com palavras que não vais ler.

Apanho-a do chão frio,
em mim sinto o calor que vem de ti.
Ajeito-a delicadamente com carinho,
fico com medo em silêncio no meu cantinho...
Sinto um enorme arrepio!

Insisto, palavras que não param
de brotar por ti em mim!
As palavras que tu amas...
Frenético esfrego o apáro pelas rugas
da face mais rude, agora respiram...

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