terça-feira, abril 17, 2007

Transparente

Das janelas negras
De pedra bojardada orladas.
Abertas para sempre.
Luz intensa que te lembre.

Nesta rua de casas tão iguais.
Altas e baixas, de cores berrantes.
Nada ficará como dantes.

Destacada na paisagem, de janelas fechadas.
Todas a olham com inveja.
Quem passa contempla e deseja.
Como soma de todas as mulheres amadas,

Ilumina-a em foco intenso e quente.
Derrete as cores e fica transparente...

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