quinta-feira, novembro 30, 2006

Lágrima


Nunca a deixarei correr
rosto abaixo.Sinto-a,
por vezes amiga,
por vezes inimiga.
Calor que arde
em olhos cansados de te ver.
Dor lenta, persistente...
entra sem lincença, visceral quase
cancerígena...
Cresce como uma linda flor,
desabrocha pela manhã
na frescura do orvalho, aos
primeiros raios de sol.
Bela, sem aroma, de cor intensa,
vermelha de ódio.
A face endurece, enruga-se
contraiem-se todos os músculos,
respiro fundo... expiro...
Já não existes!

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